Feijoo: "Em 30 anos na política, não nomeei ninguém envolvido em suposta corrupção."

Em entrevista publicada hoje em "La Voz de Galicia", o presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, afirmou que em seus 30 anos de política não nomeou "ninguém envolvido em suposta corrupção".
Questionado se assume alguma responsabilidade pela acusação do ex-ministro das Finanças do PP, Cristóbal Montoro, Feijóo diz que "as suspeitas de corrupção devem ser tratadas com igualdade e, quando afetam alguém que foi ou é membro do seu partido, você deve ser mais exigente".
"Não pode haver dois padrões para a corrupção. Seja quem for que ela afete", afirma, acrescentando que não "processará juízes nem a pseudomídia e que já disse que a investigação será levada até o fim".
"Sou um político com um histórico; não comecei ontem. Em 30 anos de política, nunca nomeei ninguém para os meus cargos que esteja envolvido em suposta corrupção. Esse é o meu cartão de visita. Deixe o povo julgar", diz ele.
Sobre a nomeação de Alberto Nadal, um colaborador próximo de Montoro, para chefiar o departamento econômico do partido no recente Congresso do PP em julho, ele afirma que não se arrepende.
"Deixe-os investigar o que quiserem. Se eu tivesse alguém comigo que fosse suspeito de alguma coisa e a explicação que me desse não me convencesse, eu pararia de trabalhar com ele", observa.
E ele afirma que Nadal "não estava envolvido nem tinha qualquer responsabilidade pelos eventos sob investigação", já que quando eles ocorreram "ele estava no Ministério da Indústria".
O líder da oposição diz que ainda não se vê como o próximo primeiro-ministro, pois "o momento decisivo será a eleição" e não sabe "se será um período longo ou curto em meses".
"Vejo-me como candidato à presidência do Governo, recentemente ratificado pelo congresso do PP. E com mais experiência e maturidade do que na primeira vez que concorri", observa, enfatizando que não tem "nenhuma ansiedade", mas "toda determinação".
Sobre se governaria com o Vox caso o partido exija integrar um hipotético executivo liderado pelo PP, ele afirma que nas conversas que teve com o presidente desse partido, Santiago Abascal, "nunca, jamais" falaram em "integrar o governo, nem ele jamais o pediu".
"Se dependesse do Vox, não creio que o Vox realizaria uma nova eleição e não colaboraria para acabar com o sanquismo. Não acredito. Estou comprometido em buscar um governo com maioria do PP e um governo só do PP, com acordos caso não obtenha maioria suficiente", afirma.
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